Thursday, April 26

4ª tentativa

Jazigos flóridos,
no meio do feio betão,
com pontos negros mórbidos
vagueando como um pião,
sob raios solares tórridos,
fazendo turbilhão.

Caras enfadadas,
gestos gastos,
rugas rasgadas,
trabalhadores retardados,
ruas alagadas,
desperdicios fora jogados.

E, no meio da confusa multidão,
todo o sentimento se perde,
vive apenas a solidão,
o ar fede,
a escarra cai no escuro chão,
e por isso tenho sede!

24 Abril 2007

4 comments:

Anonymous said...

sabes perfeitamente o que é que eu acho dos teus poemas. One word: Mágicos. :) os meus sinceros parabens

Quomodum said...

olá eugaria!=) os meus agradecimentos! eu apenas tento expressar o que sinto. se achas consigo fazê-lo de modo "positivo", fico mesmo contente! grande obrigado

Anonymous said...

qualquer dia vou tentar fazer um poema como o teu. Mas tu já nasceste assim ou ensinaram-te? Espero uma resposta.

Quomodum said...

ninguém nasce assim...pode haver uma dada propensão para isto. É uma paixão como qualquer outra, que sem desenvolvimento não vai a lado nenhum.